Vozes me chegam
Há muito a ser feito,
Pouco tempo para tão pouco.
Elas me falam das desilusões,
Dos percauços,
Das dificuldades de ser mundo no ser humano.
Peço que se acalmem,
Carregamos: seres de cargas que somos,
Co-carregamos: seres de outros que tentamos construir.
Corremos feito corregos que acabaram de nascer e descem
Encostas com a pressa que só as crianças sabem ter.
Pois, digo aqueles que me sabem e se cabem:
Que depois de uma tempestade cuidem para que
Venha a calmaria,
Que ao descer ladeiras
Pressintam a queda e escolham
Com ciencia se querem cair ou não.
Que ao subir escadas
Conheçam pacientemente todos os degraus
Para uma descida melhor e um caminho
Mais real.
Que ao falarem do outro,
Incluam em sua boca e mente,
Metade de você...
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