Olhai distâncias sem nunca amedontrar-te.
Elas são como animais selvagens.
Se apoderam do cheiro de quem as teme,
E os engolem, levando tudo que tem pela frente,
Como grandes ondas do mar.
Aquieta-te.
És um grande mosaico de lonjuras,
Esparsas.
Quebradas em desafiosos encontros.
Sob várias luzes.
Abre-te.
Há rumos pela frente,
Passados pelos sons de teus sapatos antigos.
Não vês? Tocas castanholas e amores em tango cigano.
É tudo quanto precisa, preciosa maneira de ser-estando.
Vais e olha teus próprios calcanhares,
Caminhando, vencendo lugares, criando.
E lembre-te de um velho conselho:
Partir é sempre chegar em outras paragens!
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