Somos estradas às vezes
Sinuosas ou largas avenidas
Às vezes de terra, outras rodovias.
Secas ou elamiadas.
Às vezes curtas,
Por vezes infinitas em nossas extensões.
Somos estradas ora desérticas,
Ora feitas de multidões aparvalhadas.
Ora com estalagens e aconchegantes motéis,
Algumas apenas estradas.
Somos estradas para outros que
Passam, às vezes rápido demais
Para que nos demos conta.
Ou vagarosamente para que nos deixem
Marcas, passos e lembranças para guardar
Debaixo do colchão.
Somos todos passeios de primavera.
Cálido como mãos infantis.
Ser estrada é como ser gente.
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