Fragmento

Olho essa casa em que moro agora. Estou em Franca há dois anos e meio praticamente e a casa está repleta de coisas. Muitas coisas. Inquieta-me todas elas acumuladas sob meus olhos. Tenho vontade de vender tudo esvaziar tudo e ir embora. Mas isso não nos muda por dentro. Ou muda, claro, atitudes concretas nos tranformam por dentro de alguma maneira.
A vida é esta. Cansada. Comedida. Transparente de tantas casualidades. Depois de um tempo é assim uma coisa e outra. E caminhamos pra frente. O tempo dos relógios vai nos engolindo em convenções. Tudo muito óbvio. Não gosto quando escrevo sobre o óbvio obviamente. Que fazer é isso que esta saindo de dentro agora: O óbvio obviamente retratado.

Mas dai, de que me serve entende? De que me serve várias coisas. Tudo aqui juntando poeira. Poesia de baixo da esquina em cima. As vezes, olho as coisas e penso o que é um dia. Não é nada no tempo. Percebam, é nesse tempo contido no dia que fazemos coisas. Vê? Como é estranho é no insginificante que construímos as coisas significativas em amplo sentido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário