Em cruz ilhada

E se todos as imagens fossem mais que
Nova poeira no horizonte, você poderia
Crer no que te digo agora? Nua, de olhos e boca entreabertos,
Ruidosa. Vaidade pura escorrendo como o tempo:
Ultimato. Você vem? Assim, sem que eu diga nada? Vem ser meu
Zênite? O ponto alto da minha estrada? Vem me
Insultar, me dizer bobagens, pura astúcia
Liquida mesmo, me transformando em transpirações
Habituais do seu desejo?
Ah, cale-se, mude-se, vai-se com o diabo, ou seduz-me
Derrotada em seus poros, pelos e gozo. E se resisto
Agarra-me, obriga-me, faz-me dócil e adormece comigo.

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