Delírio de inverno

Sinto que me diz:

Sou de rompantes.
Chamem homens e mulheres,
Toquem tambores.

Ventania e cavalgada.
Sou em mim,
Selvagem
Aprisionada.

Farto-me a largas garfadas.
Nada é pequeno se não for infino
Tudo que é grande é enorme.

Tendo me apaixonado pela vida
Esvaio-me em suas possibilidades.
E me sobro, aqui, enclausurada de
Doer e de deliciar.


(Sobre a moça que mora comigo)

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