Tua boca me fala de todos os segredos do mundo.
Mas eu não quero ouvi-los.
Quero tocá-los enquanto são ditos.
Nada me importa mais
Do que tua presença em carne
A beliscar minha solitária paz.
Tenho teus toques, teus mapas, teus cheiros
Urrando dentro de cada casca,
Cada pedaço de pele.
Que tempo cruel.
Como cruel, são tantas coisas do mundo.
Sou tua miragem,
Perdida em devaneios,
Suplicante.
Calmamente afagada em toscas lembranças.
Foste tu homem de mil livros e outras mil ideias que
Vieste a mim com as mãos abertas,
O peito em polvorosa
E teso.
Foram tuas promessas, que encontraram minhas
Esperanças. E teu corpo pequeno e firme que me acolheu
Com tudo incluso angustias, manias, medos,
Amores, felicidades e desesperos.
Com casa, gato, cama e horários.
E de toda espera, criaremos outros mil mundos,
Com mil segredos, com outros mil livros e
Tantas outras ideias.
E com tantos passos, caminharemos cada qual com seus
Olhos e pés, mas por perto.
Já que não fomos feito para distância.
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