Cais: Manifesto Sobre as Horas

Tantos homens e mulheres
Calam-se na memória que nos açoita:
De ressentimentos e ressacas.

Nessas horas pressentimentos de cotidianos
Desabitados de lemes.
Nem faca sem gumes, nem histórias sem
Fim.

Há nesses dias portos sem fim.
Chegam abruptos e vão-se com
Melancolia facultada em devir.

Nos meses há espelhos narcísicos,
Levianamente passadiços.
Sempre ausentes de encantos tais.

Nos anos rostos (in)timidados
Repletos de temores assegurados
Em seguradora.
Estão salvos.
Condenados ao tempo diluído,
Diluível em idiossincrasias insolúveis.

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