De dia é esse tumulto revolto por dentro.
De noite a cabeça no travesseiro sonha
Com tudo de novo mas fazendo misturas.
Hoje, pensei sobre a letra morta da lei
Que saia mais morta ainda da boca da quase viva
À minha frente.
Por um momento, um momento pequeno, achei que
Era uma maquina júridica que me falava.
E me dei conta da triste realidade do torpor
Pífio em que vivemos.
Como ele poderia não sair livre?
Está enquadrado numa das pinturas mortas descritas?
Artigo de luxo a prisão.
E me arvoro na tristeza de minha classe que come,
Viaja, compra livros...
Poderia sorrir pincelada das horas
Que passo sobre idéias.
Mas de fato só há certeza de que não há pés
Nem mãos. Só a imagem e som de passos e gestos,
E basta.
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