De outros tempos e
Para outros tempos
Ela veio sem chão meio flutuante.
Leve feito casca de árvore rescem
Nascida que se enraiza na
Passagem de tempo nesse
Instante louco.
Rouco.
Calem poesias
E poemas que sem
Rimas, ritmaram.
Relógios e mordaças
Estacam.
Um conto,
Aumenta um ponto
A espreita de um
Limiar.
Um bote.
Motim, eu,
Elas.
Mira A Diniz
Inverno
Tem dias que se calam.
E outros tantos tagarelas,
Que deixam zonzo o
Som de tanto correr de um
Para outro.
Os gatos e cachorros latem
E miam pedindo leite
Com biscoitos.
Nas noites é a memória que pega no sono.
E de dia o vento seco se
Lembra que o inverno está por perto
Nos rondando como um felino
No bote.
Na disso tem importancia.
Humanamente sentimentos
Continuam os mesmo só que
Mais tímidos.
Mira A. Diniz
24/07/10
E outros tantos tagarelas,
Que deixam zonzo o
Som de tanto correr de um
Para outro.
Os gatos e cachorros latem
E miam pedindo leite
Com biscoitos.
Nas noites é a memória que pega no sono.
E de dia o vento seco se
Lembra que o inverno está por perto
Nos rondando como um felino
No bote.
Na disso tem importancia.
Humanamente sentimentos
Continuam os mesmo só que
Mais tímidos.
Mira A. Diniz
24/07/10
Ela
Mexida de meses,
Abril, maio, junho.
Remava com a clareza estúpida
Irreversível.
Agora, não sabe mais o que contem
Naquele fraco de perfume que continha a memória dela.
Ah, o dia clareando calava uma canção que
Ficava insistentemente soando baixinho no canto do ouvido.
Estava tanto a tanto tempo que nunca tinha estado.
Ria, palida e pequena.
Ria roxa e enorme de si e do mundo.
Enquanto passava.
Ignóbil.
Radiante, errante e tão certa de si e,
Ainda assim mais menina e tão mulher.
27/06/2010
Mira A.Diniz
Olho
Fica sentada no
Olho do furacão menina.
Lá tudo pode.
Lá tudo é poesia.
Lá o tempo cala
Lá as noites são infindas.
Do lado de cá,
Tens casa, pai e mãe
Lá, tua morada
Estada.
Estrada.
Fica menina, sentada do olho do
Lá tudo pode.
Lá tudo é poesia.
Lá o tempo cala
Lá as noites são infindas.
Do lado de cá,
Tens casa, pai e mãe
Lá, tua morada
Estada.
Estrada.
Fica menina, sentada do olho do
Furacão.
Lá um dia,
No teu dia.
Tudo há de ser claro
Como o caos que te rodeia,
Terás naquele lugar teu lugar
De querer.
Mira A. Diniz
24/05/2010
Fileiras
Enfileirados, todos iguais
E tão diversos em movimentos internos.
Discretos e com as mãos
Em faces e joelhos.
Deitados, caíram na linha
De batalha
Por onde se consegue os
Corações alheios cheios de tanto
Que é, senão, dores ou amores
Identificados
E tão diferentes.
Calem-se.
Crianças dormem.
Mulheres choram.
Homens sofrem.
Já partiram.
Mesmo que nem saibam,
Sequer se vieram, um dia
Para este lado de cá.
Mira A. Diniz
E tão diversos em movimentos internos.
Discretos e com as mãos
Em faces e joelhos.
Deitados, caíram na linha
De batalha
Por onde se consegue os
Corações alheios cheios de tanto
Que é, senão, dores ou amores
Identificados
E tão diferentes.
Calem-se.
Crianças dormem.
Mulheres choram.
Homens sofrem.
Já partiram.
Mesmo que nem saibam,
Sequer se vieram, um dia
Para este lado de cá.
Mira A. Diniz
Novidade
Novidade que se repete
Derepente.
Astromomia de conjunções.
Nostalgia.
Encruzilhada.
O incerto novo
Ou
O antigo tão certo de tantas
Dúvidas e medos?
Derepente.
Astromomia de conjunções.
Nostalgia.
Encruzilhada.
O incerto novo
Ou
O antigo tão certo de tantas
Dúvidas e medos?
Eles
Todos à minha volta
Sorriem.
Numa espécie de música
Que tem final
No final.
E nunca no meio.
Eles não sabem quando
Nem como.
Mas se alimentam.
Do veneno sagrado.
Mudar de ventos e rumos.
Seguindo.
Saudades
Do tempo em que noites eram
Só dias sem fim.
E as madrugadas
Não guardavam sussuros tristes ou felizes
Daqueles que estão.
Mira A. Diniz
29/03/10
Sorriem.
Numa espécie de música
Que tem final
No final.
E nunca no meio.
Eles não sabem quando
Nem como.
Mas se alimentam.
Do veneno sagrado.
Mudar de ventos e rumos.
Seguindo.
Saudades
Do tempo em que noites eram
Só dias sem fim.
E as madrugadas
Não guardavam sussuros tristes ou felizes
Daqueles que estão.
Mira A. Diniz
29/03/10
Agora
Tempo feito
Chuva molha todas
As minhas memórias.
De olhares passos e
Qualquer coisa que me foje.
Um dia a gente chega no outro
Se desfaz
Refaz.
Voa e segue.
Sem nó.
Pra todo.
Mira A. Diniz
08/02/10
Chuva molha todas
As minhas memórias.
De olhares passos e
Qualquer coisa que me foje.
Um dia a gente chega no outro
Se desfaz
Refaz.
Voa e segue.
Sem nó.
Pra todo.
Mira A. Diniz
08/02/10
Teu
Somos mesmo tão diferentes?
Tu e eu?
Nascemos em campos
De batalhas e flores.
Tu és fonte de mel.
Eu de cores.
Melhor se as cores fossem doces
E o mel multicor.
A direção nos dá o raiar do dia
Caminhamos e em paz nos mantemos.
Trilhas e estradas.
Pés e estadas.
Surpresa ver.
Que iguais são diversos,
Olhando em espelhos.
Mira A. Diniz
15/01/10
Tu e eu?
Nascemos em campos
De batalhas e flores.
Tu és fonte de mel.
Eu de cores.
Melhor se as cores fossem doces
E o mel multicor.
A direção nos dá o raiar do dia
Caminhamos e em paz nos mantemos.
Trilhas e estradas.
Pés e estadas.
Surpresa ver.
Que iguais são diversos,
Olhando em espelhos.
Mira A. Diniz
15/01/10
Passagem
O vento feito em tempo
Passou por mim.
Ou foi o contrário?
Foi o tempo feito em vento
Que ventou?
A água brota em tudo que vive
Até o dia em que morre.
Ouve:
Minha flor me afoga e
O peito comprimido
É remédio para o tédio.
Tudo é névoa imaginativa
Escorregadia sem direção.
Sombrio como olhos bocas
E mão.
Teu copo, meu peito,
Nó no pescoço.
Agora em vão.
Mira A. Diniz
14/01/10
Passou por mim.
Ou foi o contrário?
Foi o tempo feito em vento
Que ventou?
A água brota em tudo que vive
Até o dia em que morre.
Ouve:
Minha flor me afoga e
O peito comprimido
É remédio para o tédio.
Tudo é névoa imaginativa
Escorregadia sem direção.
Sombrio como olhos bocas
E mão.
Teu copo, meu peito,
Nó no pescoço.
Agora em vão.
Mira A. Diniz
14/01/10
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