Flor de maracujá
Já não me pertence a flor
De maracujá.
Cutiveia desde o princípio,
Com tudo que me vinha à mão.
Tesão e suscos.
Saliva e lábios.
Heroina e pele.
Cheiro e você.
Droga das noites, sonhos.
Nunca sonhei muito com flores.
Preferia tê-las na mão com desejos
E fugas ao alcanse.
Tempo que trás tempo que leva.
Estrada a fora.
Você na minha memória,
E só.
Peito aberto.
E lá no horizonte
Pergunta que minha boca sua não se atreve a fazer.
Atrevimento que antecede a queda
Que sempre vem antes de você.
Tudo a mesa.
Você passa também, junto com o tempo
E com os outros.
No lugar que te pertence
Fica o pé quase florescendo.
23/12/09
Mira A. Diniz
Eu me deito
Agora.
Uma batalha.
Manter os olhos no horizonte.
Riso, noites,
Busca.
Fases.
Frases, obcenas no escuro do quarto.
Umidade, secura, tudo no peito.
E o peito aberto.
E todo esse tempo
Corda bamba,
Bailarina,
Poetiza,
Passarinho.
E,
Pesticida.
Fruto verde.
Suco azedo.
E o tempo.
Corre.
Eu chamas,
Secando tudo.
Maldição.
Benção
Peito aberto.
Portas fechadas.
Mira A. Diniz
22/12/09
Mira A. Diniz
22/12/09
Prece ao tempo
Só o tempo apaga suas mãos
E minhas marcas de todas as noites
Bem vividas.
Só o tempo ameniza tuas lágrimas
E o abismo de meu peito.
Só o tempo me busca de mim de mesma
E de minha dor.
Só o tempo entende totalmente
Do que éramos feitas.
Só tempo...
E por isso rezo para que ele se
Apresse e te leve.
Que ele me ensine de novo.
E por isso eu rezo.
E...
Adeus.
Mira A. Diniz
07/12/09
E minhas marcas de todas as noites
Bem vividas.
Só o tempo ameniza tuas lágrimas
E o abismo de meu peito.
Só o tempo me busca de mim de mesma
E de minha dor.
Só o tempo entende totalmente
Do que éramos feitas.
Só tempo...
E por isso rezo para que ele se
Apresse e te leve.
Que ele me ensine de novo.
E por isso eu rezo.
E...
Adeus.
Mira A. Diniz
07/12/09
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