Exclusividade?
Recados, olhares...
Quem não teme
Ou é psicopata
Ou é dissmulado.
Ou não tem cartório
Nem culpa.
Mas quem diz o que diz
Sabe que faz...
Mexe com quem não pode
Rezo só pela verdade.
Mas logo logo ela bate na
Minha porta.
Mira A. Diniz
14/10/09

Desatando nós

Desabo com as paredes elas
Não levam fofoca adiante.
Passo nos dias
E recebo propostas indecifravelmente
Obcenas de meia luz
E boca antiga.
Eu rezo
Para ter paciência e ser boa.
Espero com atenção de gato
Que o mundo se manifeste
E falo baixo para não ser escutada
Quando maldigo o bem e o mal.
Tranco janelas e abro portas.
Mas tudo que realmente
Desejo
São sua mão sobre minha pele
E a verdade nua e crua batendo
Na minha porta aberta.
Mira A. Diniz
13/10/09

Amanhã

Amanhã nunca se sabe.
E depois de amanhã é mera ilusão.
"Não tem coincidência"
Dizia uma poeta-bruxa de antes.
Agora, ouço minha voz na tua boca.
E te agradeço na mesma moeda.
Mas minha.
Nem sempre nos cruzamos
Caminhos, memórias e medos.
O que nos une?
Amalgama indizível
Invisivel.
Fragilidade e coragem.
Sua mistura na minha
Minha postura na sua.
Que os deuses nos abençõem
Pois eu já os abençoei.
Abrigada.
E que os meus ventos soprem em
Sua direção enquanto isso
Nos abrigar.
Tudo é feito e disfeito
Sem solução.
Gosto de passear pelas tarde
E de bem dizer os dias
Em que estive com você.
Mira A. Diniz
05/10/09